Concurso "Escrever é viver- textos juvenis em tempo de pandemia", uma iniciativa do Instituto Multimédia.
O menos esperado
Éramos
felizes e não sabíamos. Vivíamos o nosso dia-a-dia da maneira que melhor
entendíamos mas não dávamos tanto valor à nossa liberdade como damos agora.
Um
vírus mundial intitulado “Covid-19” apareceu na vida das pessoas, de uma maneira
brusca e estranha. Causa vários sintomas graves e pode até levar à morte e, para
o impedimento do contágio, somos obrigados a usar uma máscara sempre que saímos
de casa. Bastantes coisas mudaram, apesar de não parecer. As escolas fecharam,
os produtos do supermercado começaram a esgotar, os locais de convívio
fecharam, vários setores foram afetados e o perigo era cada vez maior.
Com
as escolas fechadas, as aulas tinham de continuar a decorrer e por isso, o
auxílio das tecnologias foi importantíssimo, pois as aulas passaram a ser
online. As pessoas não podiam trabalhar nem receber o seu salário e foi aí que
as coisas complicaram: muitos problemas financeiros vieram à tona.
O
meu dia-a-dia, como aluna, foi divertido ao princípio mas, passado algum tempo
fartei-me de estar sempre a olhar para o ecrã de um computador, não poder falar
com os meus amigos cara a cara, e não poder fazer aquilo de que mais gosto:
dançar acompanhada. Eu acordava por volta das 07:30h; vestia-me, tomava o
pequeno almoço e preparava-me para as aulas; tentava concentrar-me o mais que
podia; no final do dia fazia os meus trabalhos de casa e, ao longo deste
período de confinamento, fui fazendo algumas tarefas domésticas para ajudar a
minha família.
No
início, a minha comunicação com os meus amigos diminuiu, mas depois foi
voltando ao normal, pois aquilo era algo novo para toda a gente! Aproximei-me
um pouco mais da minha família e aprendi a aproveitar melhor o tempo. Mas,
também há um lado negativo. Com a utilização frequente dos média, tornei-me demasiado
dependente do telemóvel. O meu telemóvel, era o que me permitia manter o
contacto com os meus amigos e familiares e, agora, tornou-se uma espécie de
vício que ando a tentar superar.
Uma
das coisas que mais me motivava nas aulas online era o meu melhor amigo: o meu
gatinho, o Júpiter. Com ele desabafo quando preciso e, para mim, basta só olhar
para ele que vejo paz e alegria! Mas bem, por vezes também tinha de me distrair
de toda esta situação sem ser com o meu gato e, para exprimir os meus
sentimentos, eu dançava, cantava, ouvia música e fazia exercício físico. Mas,
muitas vezes também me entretinha a ver vídeos e a falar com os meus amigos a
partir de videochamadas e jogos.
Foram tempos difíceis.
O medo de não poder ser atendida no hospital, pois estava tudo ocupado, era o
que mais me preocupava. Felizmente, grande parte do problema parece estar a
resolver-se com a vacinação da população, e no dia-a-dia as pessoas estão a
poder voltar a trabalhar, ter os seus salários e ter melhores condições de
vida.
Diana Sofia
Martins Dias 9.ºD
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